quarta-feira, 30 de dezembro de 2015
Mundo de hoje
Filosofar é difícil,
Em beleza não se pode crêr,
Como achar beleza e alegria,
Quando vivemos a sofrer?
Já não se ouve o coachar,
Dos sapos nas ribeiras,
O sabiá já não canta.
Não pode haver alegria,
Onde as crianças não brincam,
E nem se ouve a cotovia.
Até os pardais em revoadas,
Já não cruzam o nosso céu,
As aves estão retiradas,
E o mel, têm o sabor do fel
Só se fala em maldades,
Já não existe beleza,
Só existe falsidades,
Reina no mundo a tristeza.
(Fernando Montes)
Minha Irmã
Amo minha irmã com carinho,
Achoa-a tão meiga e tão garbosa,
Fitar seu lindo rostinho,
É o mesmo que fitar uma rosa
As vezes fica nervosa,
E como fica diferente.
Aí é que parece uma rosa,
Querendo espetar a gente.
Seus cabelos são castanhos,
Seus olhos, da mesma cor,
Seus lábios são vermelhos,
Seus pezinhos _ um amor!
Sempre alegre e juvenil
Com o seu andar apressado,
Quando passa na avenida.
(Fernando Montes)
Isto Apenas
Naquela noite serena,
Caminhava eu pela rua,
Quando vi uma pequena ...
Noite de lua e calor,
É aquela morena tão bela,
Era um convite ao amor.
(Fernando Montes)
Saudades
Nas asas da saudade vôa o pensamento
Transportando sua imagem junto a mim,
E parece aumentar, como temendo o fim,
O brilho das estrelas no firmamento.
A lua brilhando fracamente
Com seu brilho de tristeza e dôr
Indiferente a paixão e ao amor,
Ilumina as casas, campos, e a gente.
Pouco a pouco, na noite punumbrosa
Vejo a sua imagem se aproximando
A memória se me vai aclarando,
E ouço então sua voz fraca e melodiosa.
(Fernando Montes)
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